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Economia forte pressiona Copom sobre rumo dos juros
Desempenho acima das expectativas pressiona Banco Central e política monetária, com possível aumento na taxa Selic para conter inflação
A economia brasileira registrou um crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2023, superando as expectativas dos especialistas que previam uma expansão de 0,8%. Este resultado robusto acende um alerta para o Banco Central e sua política monetária, sinalizando possíveis ajustes nas taxas de juros.
Segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a atividade econômica demonstrou força e resiliência. Os setores de indústria e serviços foram os principais impulsionadores deste desempenho, apresentando um aumento de quase 1% cada.
O consumo das famílias também mostrou crescimento no período, estimulado por um ganho de renda acima da inflação e pela baixa taxa de desemprego, fatores que contribuem para o aumento dos salários. Além disso, os gastos do governo apresentaram elevação, contribuindo para a expansão econômica.
Pressão sobre a política monetária
A força demonstrada pela economia brasileira coloca pressão sobre o Banco Central para a próxima decisão sobre os juros, prevista ainda para este mês. Alguns segmentos do mercado já projetam um aumento de 1,0% na taxa Selic durante a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o que poderia elevar a taxa para 14% no próximo ano.
Economistas avaliam que a combinação de uma política fiscal expansionista, o aumento da dívida pública e o forte crescimento econômico pode gerar mais inflação. Além disso, a desvalorização do real frente ao dólar, com a moeda americana se mantendo na casa dos 6 reais, também influenciará o rumo dos preços no curto prazo.
O câmbio mantém uma trajetória de escalada desde o anúncio do pacote fiscal pela equipe econômica do governo. Este comportamento reflete uma crise de confiança entre o governo e o mercado financeiro, que demonstra ceticismo quanto à melhora nas contas públicas.
O cenário econômico atual apresenta desafios significativos para os formuladores de políticas, que precisarão equilibrar o estímulo ao crescimento com o controle da inflação e a estabilidade fiscal. As próximas decisões do Banco Central serão cruciais para determinar o rumo da economia brasileira nos próximos meses.
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