Notícias
Receita estima em 1% aumento real da arrecadação neste ano
Arrecadação deve encerrar o ano com alta de 1% acima da inflação oficial medida pelo IPCA
Depois de abandonar, no mês passado, a meta de crescimento da arrecadação para este ano, a Receita Federal voltou a fazer projeções em setembro. O secretário adjunto do órgão, Luiz Fernando Teixeira Nunes, disse que a arrecadação deve encerrar o ano com alta de 1% acima da inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Segundo Nunes, a Receita esperava os novos parâmetros para a economia, divulgados ontem (22) no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, para divulgar a estimativa. Apresentado pelo Ministério do Planejamento, o documento reduziu de 1,8% para 0,9% a previsão oficial de crescimento da economia para este ano.
Quanto à reabertura do Refis da Crise, programa especial de parcelamento de dívidas com a União, Nunes explicou que a previsão oficial de arrecadação está mantida em R$ 18 bilhões até o fim do ano. Segundo ele, o pagamento da primeira parcela, inicialmente estimado entre R$ 13 bilhões e R$ 14 bilhões em agosto, ficou abaixo do esperado (R$ 7,1 bilhões) porque a maioria dos contribuintes preferiu parcelar a entrada em até cinco vezes, possibilidade permitida pela legislação.
“Pelo comportamento dos contribuintes, boa parte preferiu pagar entrada em cinco parcelas, da forma que a legislação permitia. O que importa é que a previsão de R$ 18 bilhões [de arrecadação com o Refis da Crise] está mantida para o ano”, destacou o secretário adjunto. Somente em agosto, os contribuintes que decidiram parcelar a entrada pagaram R$ 2,3 bilhões, o que representará R$ 9,1 bilhões de setembro a dezembro, caso as prestações continuem a ser pagas.
De acordo com Nunes, a estimativa de R$ 18 bilhões é conservadora. Pelas contas do Fisco, o governo poderá este ano arrecadar até R$ 19,2 bilhões com o Refis da Crise. A conta inclui, além dos R$ 7,1 bilhões pagos em agosto, o parcelamento da entrada em até cinco vezes (R$ 9,1 bilhões), mais R$ 3 bilhões esperados de contribuintes que têm até novembro para aderir ao Refis da Crise desde que paguem à vista 30% da dívida de parcelamentos anteriores.
Sobre o comportamento da arrecadação em 2014, o secretário disse que uma eventual frustração da estimativa de 0,9% de aumento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) para o ano não compromete a previsão de crescimento real (acima da inflação) de 1%. “O PIB é um elemento, mas não o único. Pode ser que outras variáveis tenham comportamento diferente do previsto, como compensações [de tributos], parcelamentos e depósitos judiciais”, justificou.
Links Úteis
Indicadores de inflação
11/2024 | 12/2024 | 01/2025 | |
---|---|---|---|
IGP-DI | 1,18% | 0,87% | |
IGP-M | 1,30% | 0,94% | 0,27% |
INCC-DI | 0,40% | 0,50% | |
INPC (IBGE) | 0,33% | 0,48% | |
IPC (FIPE) | 1,17% | 0,34% | |
IPC (FGV) | -0,13% | 0,31% | |
IPCA (IBGE) | 0,39% | 0,52% | |
IPCA-E (IBGE) | 0,62% | 0,34% | 0,11% |
IVAR (FGV) | -0,88% | -1,28% |
Indicadores diários
Compra | Venda | |
---|---|---|
Dólar Americano/Real Brasileiro | 5.843 | 5.846 |
Euro/Real Brasileiro | 6.0459 | 6.0606 |
Atualizado em: 31/01/2025 17:58 |