Notícias

Impasse atrasa decisão para reduzir impostos

Os técnicos do Ministério da Fazenda não conseguem chegar a um acordo sobre que desoneração o governo federal pode fazer no pacote de incentivo à habitação.

Fonte: Gazeta do Povo

Os técnicos do Ministério da Fazenda não conseguem chegar a um acordo sobre que desoneração o governo federal pode fazer no pacote de incentivo à habitação. Depois de descartar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para materiais de construção, os técnicos brigam agora por causa do Regime Especial de Tributação (RET) do patrimônio de afetação. O secretário de Política Econômica, Nelson Barbosa, defende a diminuição da alíquota do RET, mas os fiscalistas não querem abrir mão de arrecadação.

Pela proposta prevista no pacote, o RET – que reúne PIS/Cofins, Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) – teria sua alíquota reduzida de 7% para 1% para empresas que construírem imóveis voltados para baixa renda, ou seja, trabalhadores com renda de zero a três salários mínimos. Esse regime tributário vale para as empresas que usam o patrimônio de afetação, ou seja, que fazem empreendimentos cuja contabilidade é controlada em separado. O sistema foi criado em 2004 para evitar casos como o da Encol, em que uma empresa falida usava o patrimônio de compradores de seus imóveis para o pagamento de passivos.

Segundo técnicos da Fazenda, o problema é que a queda da arrecadação no início de 2009 e o forte desaquecimento da economia deixaram a Receita Federal relutante em abrir mão de qualquer valor. Publicamente, o discurso do governo é que o pacote terá como foco principal destinar recursos públicos para subsidiar as prestações de imóveis para baixa renda, pois isso terá efeito direto no bolso do cidadão. Estima-se que a União possa destinar R$ 20 bilhões para os subsídios.

Barbosa e o setor da construção alegam que o RET também tem efeito para o comprador na ponta. A redução dos tributos baixaria o preço dos imóveis em 6% e ainda teria como vantagem reduzir a informalidade na construção civil, que chega hoje a 70%.

“Alterar o RET torna o investimento em casas populares mais atraente para as construtoras. A população que ganha entre zero e três salários mínimos não compra imóveis de construtoras. Ela costuma ter terrenos, muitas vezes irregulares, e constrói na base do mutirão com mão-de-obra pouco qualificada”, afirma o vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins.

voltar

Links Úteis

Indicadores de inflação

12/202401/202502/2025
IGP-DI0,87%0,11%1,00%
IGP-M0,94%0,27%1,06%
INCC-DI0,50%0,83%0,40%
INPC (IBGE)0,48%0,00%1,48%
IPC (FIPE)0,34%0,24%0,51%
IPC (FGV)0,31%0,02%1,18%
IPCA (IBGE)0,52%0,16%1,31%
IPCA-E (IBGE)0,34%0,11%1,23%
IVAR (FGV)-1,28%3,73%1,81%

Indicadores diários

Compra Venda
Dólar Americano/Real Brasileiro 5.7452 5.7472
Euro/Real Brasileiro 6.25039 6.25313
Atualizado em: 17/03/2025 02:17